Mitigação
Como Mitigar?
Além do esforço de adaptação às alterações climáticas a nível local, cada região deve participar no esforço mundial de contenção do Aquecimento Global, reduzindo as emissões de gases com efeito de estufa por que é directa ou indirectamente responsável.
Neste momento as emissões do Concelho estão em forte travagem, e crê-se mesmo que tenham já entrado numa tendência de redução (de 4,4 ton CO2e por habitante em 2005 para algo como 3,9 ton CO2e por habitante em 2010). Esta tendência dever-se-á manter devido a entornos socioeconómico, regulativo e tecnológico que a isso são favoráveis. No entanto é possível tomar medidas que acelerem ainda mais estas reduções – e é nesta perspectiva que o Município se comprometeu internacionalmente a obter reduções de -10% em 2015 (Aliança Climática) e -20% em 2020 (Pacto dos Autarcas). A lista de iniciativas e planos do Município neste contexto é vasta e em renovação.
De forma geral a mitigação é feita por duas vertentes: redução da queima de combustíveis fósseis, através da promoção da eficiência energética e da incorporação de energias renováveis no mix energético da região; e sequestro do Carbono emitido em reservatórios geológicos ou biológicos, como florestas e pastagens. No entanto cada região tem as suas características específicas – clima, território, recursos energéticos, actividade social e económica, cf. secção de Cenários – que uma Estratégia de mitigação tem de levar em conta, dirigindo os esforços para onde são mais eficazes nessa região em concreto.
No caso de Cascais as vertentes de sequestro de Carbono não são muito interessantes. O Concelho é rico em todos os tipos de recursos energéticos renováveis (sol, biomassa, vento, ondas e correntes e mesmo geotermia), mas são os aproveitamentos da energia solar e da biomassa que surgem como prioritários. A promoção da eficiência energética nos edifícios (climatização, iluminação, aparelhos eléctricos, etc.) é indispensável. Contudo o sector dos transportes é o de longe o mais importante em termos de emissões e aquele onde mais rapidamente as medidas têm impacto, principalmente as de carácter organizativo (mais e melhores transportes públicos e interfaces) e tecnológico (e.g. autocarros a gás, veículos eléctricos, gestão de energia e substituição de deslocações usando tecnologias de informação e comunicação). Todas estas medidas requerem sempre a compreensão e adesão dos munícipes às mudanças necessárias, e portanto iniciativas de sensibilização e o exemplo do próprio Município.